Ecoturismo - Instituto tem 40 patentes ligadas a plantas e animais amazônicos

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Que a Amazônia guarda a cura para muitas doenças e a solução para diversos problemas, todos falam. O que poucos fazem é colocar a mão na massa e transformar essa riqueza imensurável de animais e plantas em tecnologia pronta para ser utilizada pelo homem.

Em Manaus, um grupo de biólogos, engenheiros e professores começa a mudar essa história. Com a pesquisa focada na biodiversidade da floresta, cientistas Inpa (instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) já conseguiram registrar 16 patentes no Brasil, oito no exterior e colocar mais 16 novas tecnologias na fila para patenteamento.

Os produtos vão desde sabonete de pupunha – o fruto de uma palmeira amazônica – até sopa desidratada de piranha. Compostos de valor medicinal, como uma substância natural que combate a malária, ou de importância industrial, como um fungicida extraído de uma fruta, também estão no portfólio de invenções do instituto, que é mantido pelo governo federal.

Conheça alguns dos produtos patenteados pelo Inpa

  • Sopa desidratada de piranha: Feita a partir da separação mecânica da carne da piranha, é um alimento em pó instantâneo, e não tem conservantes nem glúten.
  • Creme antioxidante a base de óleo de pupunha: Protege a pele de radicais livres utilizando carotenoídes (substância também presente na cenoura) do óleo da pupunha.
  • Antigungos para madeiras: Feito com substância extraída dos frutos da planta virola, pode ser usado industrialmente para proteger móveis e pequenas embarcações.
  • Chapa de folhas vegetais: A chapa de folhas é feita com restos de vegetais e pode ser usada no lugar dos aglomerados de madeira para a fabricação de móveis.
  • Produtos dentais fitoterápicos: Uma substância retirada de vegetais pode servir para a fabricação de creme dental, enxaguante bucal e gel dental.
  • Granola de pupunha: Apelidada de "pupurola", é preparada com farinha integral de pupunha, frutos desidratados e castanha da Amazônia.

Desde 2002, o instituto conta com uma divisão especial para gerenciar essas novas tecnologias e transferi-las para empresas. “O Brasil tem muito conhecimento, muitas publicações científicas, mas quando se trata de patentes, nem aparecemos nas estatísticas. Temos que virar esse jogo”, afirma Rosângela Bentes, chefe da Divisão de Propriedade Intelectual (DPIN) e Negócios do Inpa.

Segundo Bentes, o Instituto está estimulando os cientistas a registrar suas descobertas antes de divulgá-las em publicações científicas. “A ideia é tirar da prateleira e transferir para o mercado.” As empresas que quiserem usar o conhecimento produzido pelo Inpa têm que negociar com o setor de propriedade intelectual. Até agora, apenas a sopa de piranha foi vendida para a iniciativa privada.

Para estimular os pesquisadores a produzir conhecimento, uma parte do valor negociado vai para o cientista. Outra porção fica com o laboratório em que o especialista desenvolveu o produto e o restante vai para o instituto.

De acordo com a chefe do DPIN, uma patente acaba gerando mais de um produto. Um exemplo disso é uma substância retirada de vegetais amazônicos que combate cáries, e pode ser usada tanto na fabricação de cremes dentais como de enxaguantes bucais.

Iberê Thenório Do Globo Amazônia

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4 Responses
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