Será uma ação simples, necessária e solidária porque, segundo Fritjof Capra, físico teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da educação ecológica, é a natureza que sustenta a vida. Essa obviedade precisa ficar clara para cada pessoa e para a sociedade, pois tudo indica que, somente no Planeta Terra, a natureza criou as condições objetivas para a vida se desenvolver. Não se têm provas científicas, até agora, da existência de vida em outros planetas. E para fazer desenvolvimento e produzir riqueza, os modelos implementados pelas elites políticas e econômicas não levaram em consideração a interação com a natureza.

Pelo contrário, houve uma desintegração. E destruição. A matéria prima, tanto no sistema capitalista como no sistema comunista, foi sempre considerada como elemento inesgotável na natureza. Essa visão vem mudando quando a ONU iniciou as conferências internacionais, a partir de 1972, em Estocolmo, para discutir a relação da Sociedade e do Estado com o Planeta Terra. E como afirma Nelson Mandela, importante líder político da África do Sul, ninguém nasce odiando as pessoas por conta de sua cor ou raça; as pessoas aprendem a odiar. E da mesma forma que aprendem a odiar, podem também aprender a amar.

Assim também acontece na relação da sociedade com a natureza. Ninguém nasce destruindo a natureza; aprende-se a destruí-la. Da mesma forma, pode-se aprender a preservá-la, recuperá-la, a interagir-se com ela e a amá-la. A reunião realizada na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 8 de agosto, na Sala Tiradentes, com a participação de 48 lideranças para discutir o projeto, demonstrou que já existe na sociedade segmentos organizados o suficiente para se dar um salto de qualidade na melhoria da relação entre ser humano, sociedade e natureza.

Todas as pessoas presentes, representantes de Instituições Educacionais, ONGs, Câmaras Municipais e Prefeituras manifestaram esse desejo. E muitas Instituições de Ensino vem construindo essa mudança em parceria com as comunidades. Várias ONGs, também. Mas a cultura ecológica vai se fortalecer e se ampliar através de uma ação coletiva mais abrangente. E de forma permanente. Temos a necessidade de acelerar esse processo, uma vez que cientistas do mundo inteiro vêm se preocupando com o aquecimento global que poderá comprometer a continuidade da espécie humana no Planeta.

A sociedade precisa se movimentar com maior agilidade para minimizar esse problema e evitar essa catástrofe, assim como inúmeras espécies já desapareceram, por falta de condições materiais. John Gray, um filósofo britânico, afirma que o ser humano nasce ignorante e estuda uma porção de tempo para se tornar um estúpido. E não terá maior estupidez no Planeta Terra, se depois de realizar tantos avanços científicos e tecnológicos, a humanidade vier a morrer na praia.

Por isso, a sociedade paulista poderá realizar essa experiência linda e prazerosa de plantar árvores no dia 20 de setembro, as 11horas. Cada segmento organizado poderá participar envolvendo sua comunidade. Cada pessoa, também. No Município de São Paulo, há o incentivo para que cada pessoa plante uma árvore na calçada onde mora ou no quintal da casa, se tiver. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente fornecerá a muda e dará orientação. O déficit na cidade é de 800 mil árvores.

Revista Ecoturismo