Arraias de água doce estão entre animais mais perigosos da Amazônia

Ecoturismo & Sustentabilidade

Com cobras e escorpiões, elas lideram acidentes com bichos venenosos.
Conheça esses animais e saiba o que fazer em caso de ataque.

Arraia-de-fogo
Vive no fundo dos rios e tem um ferrão serrilhado e pontudo no rabo.

A ferroada causa um corte profundo, com sangramento, dor, inchaço e infecção. Pode haver apodrecimento da pele.

Se alguém for ferido, o ideal é lavar o local da picada com água morna, para diminuir a dor. Deve-se procurar um posto de saúde para fazer um curativo e verificar a necessidade de uso de remédios para diminuir a dor e a infecção.

Para evitar acidentes, é necessário caminhar com cuidado na água, arrastando os pés. Ao descer de barcos, é bom cutucar o fundo do rio com um pau, para espantar o peixe.

Escorpião Preto
Pode chegar a 9 cm e tem um ferrão na ponta da cauda.

A picada é dolorida, mas sintomas como formigamento e sensação de choque elétrico se espalham pelo corpo. O coração dispara e pode haver dificuldade para andar.

Caso alguém seja picado, deve-se lavar o local com água e sabão. Deve-se manter a pessoa tranquila e levá-la para um hospital rapidamente, para ver se há necessidade de tomar soro.

Para afugentar o bicho, deve-se evitar o acúmulo de mato ou lixo em volta de casa. Também não se deve colocar as mãos ou pés em buracos, montes de lenha ou troncos podres.

Jararaca
Tem 1,5 m e é encontrada em várzeas, terra firme e às vezes até dentro das casas.

A picada causa dor e inchaço, além de manchas roxas e bolhas. Pode haver infecção e apodrecimento da pele no local da picada.

Em caso de acidente, é necessário lavar bem o local atingido com água e sabão. A pessoa deve ficar calma, com braços ou pernas levantados. A vítima deve ser levada a um pronto-socorro ou hospital para tomar soro antiofídico.

O melhor jeito de evitar acidentes é andar calçado e evitar de colocar a mão em locais em que a cobra pode viver, como buracos, capinzais, pedras ou montes de madeira. Para afastá-las de perto de casa, deve-se evitar lixo e ratos.

‘Zona do veneno’
Para pesquisar e conseguir evitar acidentes com esses tipos de animais, o Butantan se prepara para instalar uma base avançada na Amazônia. A região escolhida fica em Belterra (PA), na confluência entre os rios Tapajós e Amazonas, entre Belém e Manaus. “A região de Santarém, por uma questão evolutiva, tem praticamente todos os animais peçonhentos brasileiros”, conta Puorto.

Ainda que não tenha sede física, o instituto já está presente na região. Na última terça-feira (20), pesquisadores começaram o quarto encontro científico “Butantan Amazônia”, em que são promovidas palestras e discussões sobre o estudo de animais peçonhentos no Pará.

O foco dos cientistas, além dos profissionais que trabalham em hospitais e de universidades, é a população ribeirinha. “Quem vive no campo são os mais atingidos por acidentes”, diz o biólogo do Butantan.

Para dialogar com quem mora na floresta, o instituto já publicou uma cartilha com orientações voltadas para esse público. Ali se recomenda, por exemplo, que galinhas sejam criadas próximas às casas para afugentar escorpiões e cobras, e que gaviões e mucuras (também chamados de gambás) sejam protegidos, pois são predadores naturais das serpentes.

Iberê Thenório
Globo Amazônia
1 Response
  1. Dá uma olhadinha no nosso novo layout ;)

    http://surfinsantoss.blogspot.com/

    Abraço