Brasil deve fixar meta de redução de gases em 40%, diz Dilma

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A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou que a meta brasileira de redução de emissão de CO2 deve ficar em torno de 40% até 2020. O número exato apenas deve ser anunciado no dia 14 de novembro.

"Vamos assumir só o que for possível, mas não acho que estamos muito longe disso [40%]", afirmou após Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas coordenado pelo presidente Lula e que contou com os ministros Reinhold Stephanes (Agricultura), Carlos Minc (Meio Ambiente), entre outros.

Segundo Dilma, o governo não vai supor um número, mas tem que provar que é possível reduzir a emissão de gases nesta proporção. "'Pode ser 42% ou 38%. O número que vai ser dado, será o factível", afirmou.

De acordo com Dilma, desses 40%, 20% já estão garantidos com a meta de reduzir o desmatamento em 80% até 2020.

"Se nós reduzirmos [o desmatamento em 80%], isso reduzirá em 20% as emissões de gases", afirmou. De acordo com Dilma, essa redução no desmatamento diminui as emissões em 6 gigatoneladas de CO2 equivalente.

Isso representa 21% de tudo o que os países industrializados (o chamado anexo 1) estariam reduzindo, até 2020. A proposta dos países ricos é diminuir as emissões em 15%, ou 30,6 gigatoneladas de CO2 equivalente.

Ainda de acordo com a ministra, os outros 20% que podem compor a meta viriam da redução das emissões energéticas. "O grande vilão é a emissão de energia fóssil, que vem das termelétricas e do transporte", afirmou.

Sobre o encontro em Copenhague, a ministra afirmou que o Brasil está empenhado em tentar fazer com que o evento tenha ganhos. "O Brasil vai ter uma posição muito clara. Vai afirmar sua condição de ser um dos países mais comprometidos com o desenvolvimento sustentável."

Folha Online
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