Degelo gerará US$ 28 bilhões em danos nas cidades litorâneas

Ecoturismo & Sustentabilidade

Inundações em mais de uma centena de grandes cidades em consequência do degelo poderão causar danos em um valor de até US$ 28 bilhões (18,8 bilhões de euros) em 2050, segundo um estudo do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgado nesta segunda-feira.

"Se a temperatura aumentar entre 0,5 e 2 graus até 2050, então é possível que o nível dos mares suba meio metro, provocando importantes danos econômicos", explicou a diretora de Clima e Energia da WWF Suíça, Ulrike Saul.

Um eventual aumento como esse do nível dos mares provocará danos avaliados em US$ 28 bilhões nas 136 cidades portuárias mais importantes do mundo, segundo o estudo, do qual também participou a companhia de seguros alemã Allianz.

"Se as políticas atuais em matéria de proteção do clima não mudarem, o mais provável é que cheguemos a um aumento de dois graus em 2050", ressaltou Saul.

A costa nordeste dos Estados Unidos é uma região que será muito afetada pela elevação do nível do mar, que neste caso poderá superar em 15 centímetros o aumento médio mundial.

Em Nova York, "o aumento do nível do mar poderá ser agravado por um aumento da frequência e da gravidade das tempestades e furacões", indica o estudo.

Associado a uma elevação do nível do mar, um furacão de categoria 4 que afetar essa cidade norte-americana poderá gerar mais de US$ 5 bilhões em danos em 2050, contra US$ 1 bilhão estimado atualmente, segundo a WWF.

"Esta é a razão pela qual devemos agir para impedir um aumento da temperatura superior a dois graus em relação às temperaturas pré-industriais", adverte um dos diretores da WWE Suíça, Walter Vetterli, citado em comunicado.

Para conseguir isso, os países industrializados deverão reduzir suas emissões de CO2 (dióxido de carbono) em 40% até 2020, estima a organização, que exorta os governos que participarão da cúpula sobre o clima da ONU, que será realizada no próximo mês em Copenhague, a adotar "um acordo ambicioso e vinculante" para substituir o Protocolo de Kioto, que expira em 2012.

Folha de São Paulo
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