EUA e China querem acordo com "efeito imediato" em Copenhague, diz Obama

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Estados Unidos e China desejam que a conferência internacional sobre o clima, no próximo mês em Copenhague, resulte em um acordo com "efeito imediato", mesmo que o objetivo inicial de chegar a um acordo de cumprimento obrigatório esteja fora de alcance, anunciou o presidente americano Barack Obama em uma entrevista coletiva em Pequim ao lado do colega Hu Jintao.

A declaração acontece depois do clima pessimista de domingo (15), em que líderes mundiais, incluindo Obama e o anfitrião de Copenhague, o primeiro-ministro da Dinamarca Lars Lokke Rasmussen, haviam concordado em adiar um acordo legal e definitivo; na segunda-feira (16), o dinamarquês indicou o novo prazo de 2010.

Do mesmo modo, a declaração acontece depois de uma reunião com o presidente chinês, Hu Jintao, que pressionava por um resultado robusto em Copenhague e se recusou a apoiar uma proposta de destravar as negociações por meio de um acordo político menos ambicioso.

Depois de destacar progressos na questão nas conversações com o presidente Jintao, Barack Obama declarou: "Sem os esforços da China e dos Estados Unidos, os maiores consumidores e produtores de energia, não pode haver soluções".

"Concordamos em trabalhar juntos para alcançar um êxito em Copenhague", completou Obama.

"Nosso objetivo não é um acordo parcial, nem uma declaração política, e sim um acordo que cubra todas as questões nas negociações e que tenha um efeito imediato".

Maiores poluentes
China e Estados Unidos são os dois maiores poluentes do planeta e muitos países esperam iniciativas das duas grandes potências econômicas na Conferência sobre o Clima, prevista de 7 a 18 de dezembro para a capital da Dinamarca.

Em um comunicado conjunto, os dois países reiteram que um acordo em Copenhague deverá estar "baseado no princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas", com metas de redução de emissões por parte dos países desenvolvidos e ações nacionais apropriadas de atenuação por parte dos países em desenvolvimento".

A comunidade internacional havia estabelecido o prazo de dezembro deste ano para chegar a um acordo para combater o aquecimento global a partir de 2013, mas houve um racha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre quem deve reduzir emissões, em quanto e quem deve pagar por isso.

Obama, que publicamente defende uma ação forte contra a mudança climática mas sofre para aprovar uma legislação de cumprimento obrigatório no Congresso dos EUA, defende a proposta de adiamento para 2010 do acordo de cumprimento legal obrigatório.

Folha de São Paulo
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