Petrobras busca maneira de reinjetar CO2 do pré-sal

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A Petrobras ainda encontra gargalos a serem superados para captura e armazenamento de dióxido de carbono que serão liberados na exploração das reservas do pré-sal, disse hoje a gerente-geral de desenvolvimento energético da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Beatriz Espinosa.

Segundo Espinosa, que esteve presente em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o modelo ideal para o pré-sal ainda não foi encontrado e deve demandar investimentos pesados da Petrobras. Já existem tecnologias para realizar a captura do gás, causador do efeito estufa, mas não no caso de exploração em águas profundas.

A Petrobrás tem o plano de em 2010 já começar a operar no campo de Tupi com a tecnologia de reintrodução do gás carbônico, que é liberado na exploração de gás natural e de petróleo. O gás reinjetado na rocha onde se encontra o óleo potencializa a produção e ameniza a emissão do gás. A Petrobrás já faz a injeção de CO2 em exploração de reservas terrestres na Bahia.

Por conta do problema do aquecimento global, alguns setores avaliam que a exploração do pré-sal pode ser menos lucrativa do que o governo espera. O especialista em políticas públicas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério de Minas e Energia, Sérgio Corizo, afirmou na audiência que há uma tendência mundial de taxação da exploração de petróleo para favorecimento de fontes de energia limpas.

Folha de São Paulo
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