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O ministro do Meio Ambiente alemão, Norbert Röttgen, anunciou nesta sexta que a Alemanha aumentará suas pressões sobre os países que bloqueiam um acordo decisivo na Cúpula das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15) para fazer com que a reunião de Copenhague tenha sucesso.
"Não haverá outra oportunidade", afirmou Röttgen em entrevista coletiva em Berlim, na qual lembrou que a Alemanha defende um acordo para a redução obrigatória das emissões de gás carbônico (CO2) a partir de 2012.
Caso se chegue a um acordo em Copenhague, o ministro alemão se mostrou convencido de que o tratado a respeito poderia ser redigido em até seis meses.
"O fracasso de Copenhague seria o fracasso de uma centena de chefes de Estado e Governo", advertiu.
Apesar dos sinais positivos de nações importantes como Estados Unidos, Brasil e China, Röttgen reconheceu que o sucesso da cúpula não está garantido e que as negociações se estenderão até o último minuto do evento.
Nesse sentido, comentou que os dois temas espinhosos das negociações são o financiamento das medidas que virão a ser adotadas e o alcance da obrigatoriedade do tratado e de seu cumprimento.
Röttgen elogiou o acordo alcançado em Bruxelas para a ajuda financeira aos países em desenvolvimento no combate ao aquecimento global e disse que a Alemanha fornecerá 20% desses fundos.
Além disso, o ministro ressaltou que a Alemanha estabeleceu metas nacionais muito ambiciosas, como a redução até 2020 de 40% das emissões de CO2 com base nos números de 1990.
Segundo Röttgen, com o uso das medidas adequadas "será possível economizar 50 bilhões de euro em gastos com energia" até 2020.
COP-15
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 7 a 18 de dezembro, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.
Agência EFE
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