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O governo indiano afirmou que o interesse da Índia foi "protegido e fortalecido" na Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que foi realizada em Copenhague, e elogiou o trabalho coordenado de suas autoridades, assim como as de China, África do Sul e Brasil.
'Nosso interesse nacional não só foi protegido, mas fortalecido", disse, em um comparecimento parlamentar, o ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh, em declarações citadas pela agência Ians.
Segundo Ramesh, o acordo alcançado em Copenhague não determina obrigações legalmente vinculativas, nem existe um mandato para um novo processo negociador no marco da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês).
A oposição indiana acusou o Governo, liderado pelo Partido do Congresso, de colocar em perigo a soberania do país com suas concessões à comunidade internacional em matéria de luta contra a mudança climática.
A Índia foi à COP-15 com a promessa de que reduziria entre 20% e 25% a intensidade de sua poluição em comparação com a produção total do país, mas sem aceitar que esse objetivo seja legalmente vinculativo diante dos demais países.
Após participar da COP-15, Ramesh comemorou hoje a coordenação mostrada por seu país com os líderes de Brasil, África do Sul e China (o chamado grupo BASIC) com vistas a fortalecer sua posição negociadora.
"Uma característica notável desta conferência é a forma como o grupo BASIC coordenou sua posição. Os ministros se reuniram muitas vezes durante a conferência. Índia e China trabalharam muito juntas", disse Ramesh.
Segundo o ministro, os BASIC tiveram êxito na hora de garantir que o Plano de Ação de Bali não fosse violado e que as negociações continuassem a partir do Protocolo de Kyoto, "apesar das tentativas implacáveis dos países desenvolvidos".
Folha de São Paulo
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