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O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o indiano Rajendra Pachauri, destacou nesta quarta-feira a participação do Brasil e de outros países emergentes na conferência sobre o clima realizada em Copenhague (COP-15). Na opinião de Pachauri, um dos maiores destaques da cúpula foi a coordenação das nações do grupo Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China).
Segundo o indiano, em Copenhague ficou claro que qualquer acordo futuro sobre o meio ambiente terá que levar estes países em consideração. Do ponto de vista político, é "muito significativa" a emergência do grupo Basic, afirmou o presidente do IPCC. Em uma entrevista concedida no Instituto de Energia e Recursos, entidade que dirige, Pachauri disse ainda que a cúpula de Copenhague foi "polêmica" e poderia ter sido mais bem-sucedida.
"Esta foi uma reunião muito polêmica porque claramente havia muitas divisões, muitos pontos de vista e perspectivas", declarou. Para o representante da ONU para a mudança climática, a conferência poderia ter terminado com um acordo mais ambicioso.
Porém, destacou, até o último dia do encontro os participantes não sabiam se conseguiriam chegar a um consenso sobre um documento final.
Com base nisso, Pachauri declarou que o acordo de Copenhague representa um "marco", a partir do qual será possível edificar um pacto que, "com sorte, vai incorporar compromissos específicos de redução das emissões e outros aspectos sublinhados, particularmente, pelos países desenvolvidos".
O indiano também apontou como outra grande conquista da cúpula o fato de os mais de 100 líderes mundiais presentes terem admitido que a mudança climática é um dos "grandes desafios da atualidade".
COP-15
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada entre 7 e 18 de dezembro, teve a participação de 192 países que se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo principal do evento era o de traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.
Agência EFE
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