Cães pequenos são resultado da mutação de um gene, diz estudo

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Desde o ano de 2007, já era do conhecimento do meio científico que o gene que "transformou" um lobo em um Yorkshire terrier foi originado no Oriente Médio há mais de 12 mil anos. O que não estava confirmado é que todos os cães pequenos carregam as mesmas mutações no DNA. Agora, a equipe da pesquisadora Melissa Gray, da Universidade de Wisconsin, nos EUA, descobriu que quase todas as 23 raças de cães pequenos - e quase nenhum dos 15 grandes - têm mutações em um gene chamado IGF-1. As informações são do New Scientist.

"A explicação mais simples é que as mutações surgiram de um ancestral comum antes de que os cães domesticados se espalhassem por todo o planeta", diz Nate Sutter, da Universidade Cornell em Ithaca, Nova York, membro da equipe de Gray.

A equipe procurou as mutações em 17 populações de lobo cinzento - o ancestral comum dos cães - ao redor do mundo e não as encontrou. Este fato, segundo os cientistas, sugere que o gene tenha mutado no período da cadeia evolutiva em que já existiam os cães e, muito provavelmente, que eles já viviam com o homem.

Para descobrir onde os primeiros cãezinhos foram domesticados, a equipe olhou para a região do DNA próxima do IGF-1, onde ocorreram as mutações. Eles fizeram isso em cães e lobos e constataram que a região que vem depois da mutação do DNA do cão pequeno, era mais parecida com a de lobos cinzentos de Israel, Irã e Índia. "Isso fornece fortes evidências para a evolução precoce de cães pequenos no Oriente Médio", descreveu a equipe.

Eles notaram que os resultados vão de encontro com achados arqueológicos dos restos de cachorros pequenos nos túmulos do Oriente Médio de 12 mil anos. A Agricultura começou na região na mesma época e os pesquisadores salientam que "tamanho pequeno pode ter sido mais desejável nas sociedades agrárias". De fato, muitos animais, incluindo bovinos e gatos, também do Oriente Médio, são menores que seus parentes selvagens.

Redação Terra
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