Calorenta e chuvosa, São Paulo vive semanas de "panela de pressão"

As tempestades das últimas semanas em São Paulo causam transtornos e prejuízos aos moradores da capital. Quase como um relógio, a forte precipitação parece ter hora para começar: no final da tarde. Mas o que está provocando os temporais?

Com a temperatura elevada (os paulistanos enfrentam um verão calorento) e a elevada umidade relativa do ar, a chuva é inevitável. "Como você pode observar em uma panela de pressão", diz Kelen Andrade, meteorologista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).


Ou seja, o calor evapora a água e gera as nuvens do final da tarde. Com temperaturas acima da média (mesmo para esta estação do ano) entre o período da manhã e o início da tarde, o acúmulo de vapor provoca as fortes chuvas.

"Claro que existem outros fatores, como a evaporação das águas do Atlântico. Não há um único motivo para explicar as chuvas do período, mas uma série de fatores", afirma a especialista.

Para os interessados no funcionamento da atmosfera e sua dinâmica, o livro "Meteorologia Prática", elucida como essa ciência é capaz de fazer previsões do tempo.

Escrito por Artur Ferreira, um pioneiro na área --o país é carente de publicações do gênero--, o volume ajuda, com base em uma sólida experiência e uma linguagem simples, a interpretar as imagens e os padrões típicos dos fenômenos atmosféricos.

A obra dá ênfase às condições adversas de tempo, significativas para a aviação, a agricultura, o turismo e a sociedade em geral. O autor também fornece uma relação de sites nacionais e internacionais que disponibilizam imagens dos vários satélites meteorológicos.

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