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O chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, afirmou que um mecanismo financeiro para ajudar os países em desenvolvimento a combater e se adaptar às mudanças climáticas deverá estar pronto dentro de três meses.
Promessa das nações mais desenvolvidas durante a 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP15), o fundo orçado em US$ 30 bilhões tem a proposta de operar a partir deste ano até 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, mas o chamado "Acordo de Copenhague" deixou de especificar como esta quantia será desembolsada. "Alguns dias atrás um país membro me perguntou se eu poderia lhe dar o telefone de alguém para quem pudesse telefonar sobre esses 30 bilhões de dólares. Como país em desenvolvimento, ele está tentando descobrir 'com quem falo? Para quem neste universo eu devo ligar?'", afirmou Steiner à Reuters. "Se esse número de telefone não existir dentro de três meses, então prevejo que essa parte do Acordo estará com problemas. Mas acho que haverá esse número", projetou ele durante a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente em Bali, na Indonésia.
A tendência é a de que a definição quanto ao funcionamento do mecanismo necessário ajude a diminuir a desconfiança entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos. As nações mais vulneráveis culpam as mais ricas pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, além de cobrarem as velhas promessas de ajuda financeira das grandes potências.
IndefiniçõesSegundo Steiner, "no momento não existe um pote no qual seja possível colocar todo o dinheiro". Ele acredita que o ponto crucial agora é definir se os países vão agir bilateralmente e fazer remessas de um país a outro, ou de um país ao Banco Mundial ou ainda ao sistema das Nações Unidas. A ONU considera fundamental assegurar que os US$ 30 bilhões de dólares sejam provenientes de dinheiro novo, em vez de quantias recicladas que já tenham sido dedicadas à assistência ao desenvolvimento internacional.
"Se a segunda hipótese acontecer, isso prejudicará o acordo", concluiu Steiner. Duas alternativas prováveis para os repasses do fundo climático global aos países em desenvolvimento são os investimentos em matrizes energéticas renováveis - em substituição ao uso de combustíveis fósseis, e a compra de tecnologias de baixo carbono.
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