Ecoturismo - Guarde uma tarde em Salvador para o sobe e desce nas ruas do Pelô

Ecoturismo & Sustentabilidade

Moedinha na mão! Chegou a hora de dar R$ 0,05 para pegar o elevador Lacerda, na Cidade Baixa, rumo ao Pelourinho, em Salvador.

Chegando lá, mesmo quem coloca os pés nas ruas de pedra pela primeira vez sente uma atmosfera familiar. Fosse num seriado de TV, numa música de Caetano, no batuque do Olodum ou no clipe do Michael Jackson, em algum momento o turista já se deparou com esse cenário cheio de cores e igrejas.

Um tour por elas é, aliás, inevitável. Entre tantas, destaque para a igreja da Ordem Terceira de São Francisco, de mais de 300 anos, que tem fachada em pedra lavrada que remete ao barroco espanhol e é considerada a única do gênero no país.

A Igreja e Convento de São Francisco é uma das mais ricas do país, com seu interior coberto em ouro e fachada barroca feita em 1723. A de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, do século 18, tem fachada rococó.

Não deixe de conferir a lojinha com camisetas estampadas com fotos do antropólogo francês Pierre Verger (www.pierreverger.org), a Fundação Casa de Jorge Amado (www.jorgeamado.org.br) -com todo o arquivo das obras do escritor-, e a Antiga Faculdade de Medicina, que foi a primeira escola de medicina do país e hoje guarda o museu Afro-Brasileiro (www.ceao.ufba.br), com arte sacra africana, painéis de Carybé e fotografias de Verger) e o de Arqueologia e Etnologia (www.mae.ufba.br), com pinturas, fotos e urnas funerárias indígenas).

Para recompor o fôlego, faça uma parada no bar O Cravinho (www.ocravinho.com.br), famoso pela cachaça servida com cravo, mel e limão.

A falta de policiamento é reclamação constante, assim como as queixas quanto à conservação dos prédios desse conjunto arquitetônico colonial considerado patrimônio pela Unesco. Mesmo assim, visitar o Pelourinho ainda é mágico, e revela, além de toda a beleza da região, personagens curiosos. Caso do cabeleireiro Oliver.

Ao avistar a placa "Black Fashion", não hesite em dar uma paradinha para cortar o cabelo, fazer uma trança ou bater um bom papo com ele. "Oh, negona, diz pro pessoal vir aqui me fazer uma visita". Pronto. Tá dito!
Priscila Pastre-Rossi
Folha de S.Paulo
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