Ecoturismo - Consumo Consciente na moda

Ecoturismo & Sustentabilidade


Hoje vamos iniciar nossa participação na Blogagem Coletiva falando mais sobre o consumo consciente na moda.

Algodão: O tecido  do algodão orgânico é confortável, saudável, antialérgico, fresco e flexível. Sua produção pode ser agroecológica (não certificado) e orgânica (certificado), além da tradicional, feita com o uso de pesticidas e inseticidas, que causam problemas tanto ao meio ambiente (poluição nos lençóis freáticos) quanto aos trabalhadores (doenças).
No cultivo do algodão orgânico, o campo deve estar livre dos aditivos químicos, no mínimo, durante três anos, antes de ganhar a certificação. Uma de suas vantagens sócio-ambientais é o fato de não passar pelo processo de branqueamento, não utilizando cloro.

Cânhamo: Uma fibra natural muito durável e que não requer pesticida, necessitando de pouca água para crescer. Por ser uma fonte renovável, os fazendeiros podem simplesmente espalhar as sementes  do cânhamo pelo chão e cultivá-lo ano após ano.
Normalmente suas fibras são misturadas com algodão e seda, devido à rigidez do cânhamo. Podem ser usadas em vestuário, cosméticos e papéis. A grande questão é que o cânhamo também é conhecido como a planta Cannabis, outro nome para maconha, tornando-se um assunto polêmico.

Juta: Planta cultivada na Amazônia por uma comunidade ribeirinha desde 1940.  Depende exclusivamente de água para se desenvolver, dispensando o uso de aditivos químicos. Seu cultivo para abastecer a sua produção gera emprego para habitantes das regiões ribeirinhas, que sobrevivem exclusivamente dos recursos gerados por essa lavoura, além de poderem preservar o seu folclore, com rituais de plantio e de colheita.
Várias são as tonalidades criadas a partir do urucum, chá de macela, anileira, pau-brasil (de reflorestamento) e açafrão. Sua decomposição do produto no descarte é muito simples e fácil: A juta se desfaz em dois anos, enquanto o algodão leva 10 anos e o poliéster pode chegar a 100 anos. Também a tonalização com produtos naturais é muito mais eficiente na juta do que no algodão, pois suas cores ficam mais intensas e com mais brilho.

Seu preço possui um valor inferior a tecidos como o linho e a seda, oferecendo preço de mercado para o usuário. Essa fibra era normalmente usada na confecção de sacaria, portanto, considerada de pouco valor para a indústria têxtil.

Lã: Devido ao processo manual de cardagem, fiação e tecelagem e também por não usar pesticidas em pastos ou nos animais, esta lã possui um aspecto natural, rústico, artesanal e ecológica.
Ao contrário dos métodos tradicionais, também não é utilizado cloro para o clareamento da lã das ovelhas. Todo o tingimento é feito com plantas locais, evitando os corantes sintéticos e a conseqüente contaminação do lençol freático.

Não são empregados hormônios indutores do crescimento da lã. A quantidade de animais é limitada por área, evitando situações de estresse ás ovelhas.

A lã possui uma excelente capacidade térmica, produzindo calor mesmo quando molhada; suas fibras não se deformam quando encharcadas, conservando as micro-câmaras de ar de sua estrutura. Também absorve bem a umidade e a transpiração, como as fibras naturais em geral.

Cashmere: Lã fina e macia obtida a partir do pêlo de cabras da região da Caxemira, situada na Índia e no Paquistão, cujo fio pode ser usado puro ou misturado a outras lãs e tecidos.
Os Estados Unidos têm sido inundados por cashmere barato da China, que por seu processo de democratização acaba por desencadear uma série de conseqüências ambientais. O cashmere barato feito na China vem prejudicando as pastagens desse pais.

Os motivos são:

   1. Uma grande demanda causando um desequilíbrio ecológico.
   2. Na última década, a população de bodes produtores de cashmere da região de Alashan, na China, tem multiplicado de forma vertiginosa, acabando com as pastagens da região.
   3. Essa superpolução raspa os cascos pontudos no chão, gerando uma gigantesca nuvem de poeira que atravessa o Pacífico e polui a costa da Califórnia, provocando problemas respiratórios.

É hora de salvar as pastagens chinesas, boicotando o cashemere “made in China”. Diga “não” para a  exportação da pobreza para o resto do mundo.

Látex: Tecido da floresta, couro vegetal da Amazônia. Um produto que contribui para o desenvolvimento sustentável, à base de látex natural, extraído das seringueiras, aplicado sobre tecido. A fumaça, empregada antigamente durante a vulcanização, foi substituída pela secagem ao calor do sol, não afetando a saúde dos produtores.
Suas características estéticas são similares às do couro convencional. Artigos de vestuário, bolsas, mochilas, pastas e uniformes são confecionados a partir da junção do algodão e da borracha num processo que gera renda e reduz o desmatamento.

Linho: Tecido resistente, flexível, macio e fresco. O linho pode absorver umidade até 20% do seu peso seco, sem que isto seja perceptível ao toque. Tal poder de absorção faz com que se torne um isolante térmico natural, devido ao ar mantido entre suas fibras. A umidade fica presa nas fibras, longe do corpo, não permitindo a entrada do calor.
Suas características estéticas são similares às do couro convencional. Artigos de vestuário, bolsas, mochilas, pastas e uniformes são confecionados a partir da junção do algodão e da borracha num processo que gera renda e reduz o desmatamento.

Pode ser usado em qualquer estação. No tempo quente, absorve umidade e repele o calor; no frio, retém o calor do corpo.

Previne problemas de pele por ter o PH balanceado, promovendo uma boa ventilação. Não deforma e nem é atacado pela traça.

Pet reciclado: Malha de muito boa qualidade, com valor social e ecológico agregado. Responsáveis por uma grande quantidade dos resíduos sólidos coletados no nosso país, as garrafas PET, feitas de um material de difícil decomposição, são retiradas do ambiente.

Por meio de recursos tecnológicos, a combinação destas fibras de poliéster – a partir de PET – com as de algodão permite a criação de uma malha resistente, com durabilidade e de cores sólidas idênticas ao poliéster tradicional.
Algumas pesquisas têm revelado que o impacto ambiental da confecção de tecido reciclado é menor que quando se usa fibras virgens. A economia de energia na produção reciclada é de 76% e a redução de emissões de CO2 é de 71%.

A coleta e seleção de recicláveis também favorecem mais de 250 mil catadores, transformando-se em fonte de renda para pessoas menos favorecidas.

Seda: Um material nobre e milenar na indústria da moda. Possui transparência, maciez, fluidez, leveza, brilho e conforto, mesmo quando desenvolvidos de modo artesanal e rústico. Em dias quentes a seda ajuda a esfriar a pele através da evaporação e, em dias frios, mantém o corpo seco e aquecido. Adequada a todas as estações e não provoca irritações de pele.
Obtida a partir dos casulos do bicho-da-seda por meio de um processo de sericicultura. A fibra de seda natural é um filamento contínuo da proteína, produzido pelas lagartas de alguns tipos de mariposa, que expelem, através das glândulas, o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina), solidificando-se imediatamente quando em contato com o ar.

As suas fibras possuem uma resistência limitada ao uso. Perde solidez com a luz do sol e a transpiração. Resiste mal às traças, insetos, etc. Apesar de secar rápido, exige cuidados na lavagem e tratamento, pois não gosta de ácidos e bases (ácidos acéticos ou vinagre e produtos químicos).

Patchwork: Um quebra-cabeça de retalhos coloridos formando detalhes geométricos. A transformação de tecidos e a utilização do Pachwork (em inglês, significa trabalhar com retalhos) é uma técnica de reaproveitamento dos materiais têxteis em produtos de moda e uma alternativa em prol da ecologia.
onsiste em unir pedaços de tecidos de diferentes cores e padrões costurando-os de forma que o resultado final assemelha-se a um mosaico.  Sem regra para determinar o tipo de desenho formado, os vários motivos existentes variam conforme o momento histórico de cada povo e da expressão pessoal do artesão.

Esta técnica milenar – reaproveitamento de tecido velho -  diminuiu consideravelmente  com o surgimento da tecelagem industrial. Em épocas onde os tecidos eram bens muito valiosos, as classes ricas utilizavam-na para criar obras de arte, tanto para a indumentária de faraós e reis como para adornos dos palácios. Já nas classes pobres, o Patchwork serviu como forma de reaproveitamento dos restos de roupas velhas para a transformação em novas roupas ou mesmo utilitários para o lar. Yves Saint Laurent é um estilista que passou a utilizar esta técnica em suas luxuosas peças criadas nos padrões da alta-costura.
A maneira mais fácil de fazer isso no Brasil é reduzir o desmatamento. Isso tem a vantagem de produzir uma redução significativa das emissões brasileiras enquanto outros países ainda teriam emissões crescentes. O problema é que após 2020, zerado o desmate, o país ainda ficará com uma curva de emissões ascendente no setor energético --especialmente na área de petróleo, com a exploração do pré-sal.

Como a matriz energética nacional é limpa, isso deixa o Brasil numa situação parecida com a do Japão, país que já usa energia de forma muito eficiente. Em ambos os casos, cortar emissões adicionais implicará em custos altos. E aqui o governo brasileiro vê nas metas uma ameaça ao desenvolvimento.

"A proposta de trajetória do Brasil deve ser diferente da de outros países", disse Azevedo.
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