Vale inova para mudar matriz energética

Ecoturismo & Sustentabilidade

A Vale está migrando a sua matriz energética do diesel para o biodiesel (B20). Ao contrário da maior parte do B20 que é produzido no Brasil e no mundo que vem da soja, a Vale decidiu investir na palma (também conhecido como dendê). A opção pela palma se deve pelo fato dela ter uma produtividade dez vezes maior que a soja e três vezes maior que a mamona.

A mudança da matriz energética está associada a uma parceria com a Biopalma Amazônia S.A. A Vale irá ficar com o biocombustível e a Biopalma comercializará o dendê, elas não se agredirão em nenhum mercado. A parceria também irá construir seis usinas de beneficiamento do biocombustível.

O investimento de cerca de US$ 350 milhões até 2014 visa atender as reinvidicações do governo que estabeleceu que até 2020 todo o diesel utilizado no Brasil tenha uma mistura de 20% de biocombustível. A Vale irá alcançar esta meta seis anos antes.

O Brasil foi dividido em duas metades, Sul e Norte e o projeto visa trocar todo o Sistema Norte da Vale por B20 e o Sistema Sul por Gás Natural. A idéia é diversificar a matriz energética para não ficar na dependência de apenas uma fonte de energia.

A escolha da Amazônia para a implantação do Projeto visa auxiliar o lado ambiental e social da região. O local exato onde foram plantadas as mudas fica a cerca de 150 Km de Belém e é uma das regiões mais desmatadas e pobres do país. Várias cidades da região têm menos de 5% de floresta em suas terras. Uma das condições para as duas mil famílias que irão participar do projeto é replantar 50% dos cinco mil hectares que serão utilizados para o plantio da palma.

A preferência pela palma também está ligada ao fato dela absorver 30% mais gás carbônico que a mata nativa da região. O Projeto irá empregar seis mil pessoas de forma direta e com isso aumentar a renda destas famílias para até R$ 2500,00 e conseqüentemente, diminuir o grande êxodo rural que a região possui.

As primeiras mudas do Projeto foram plantadas pela Biopalma há dois e com isso, o tempo de espera para a produção do bicombustível será menor. A Biopalma está há 30 anos neste mercado.

Dennys Marcel

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