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Ecoturismo & Sustentabilidade
Se você tem vontade de fazer um cruzeiro, essa é a hora. A crise econômica deflagrada no ano passado fez com que os preços de vários produtos baixassem no mundo inteiro, inclusive os dos cruzeiros. A CVC, por exemplo, congelou os valores do ano passado, quando o dólar estava mais alto. Agora, com a moeda americana cerca de 30% mais baixa, os cruzeiros acabam saindo mais baratos. A companhia, que trará pela primeira vez o Orient Queen, o único no Brasil que vai a Fernando de Noronha, não cobra por crianças de até 11 anos acompanhadas de dois adultos.
A MSC Cruzeiros, seguindo uma tendência vista neste ano pelas companhias aéreas, também baixou os preços e está com promoções que podem baratear a viagem para duas pessoas em até 50%. A Ibero, que agora pertence ao grupo Costa, tem a mesma promoção: o segundo passageiro não paga -ou seja, duas pessoas pagam o valor de uma.
Mas atenção: quanto antes os pacotes forem fechados, mais baratos eles saem. Assim, a crise parece ter afetado de maneira positiva o mercado cruzeirista, que continua crescendo no Brasil. Neste ano, virão para cá, a partir outubro, 18 navios -dois a mais que no ano passado. E a previsão é que 900 mil pessoas embarquem nessas viagens, contra 520 mil em 2008. Ou seja, um crescimento de 73%.
Mas não são só o dólar baixo e as promoções que estão inflando o mercado cruzeirista. A duração da temporada também aumentou -começa mais cedo e vai até maio- e a oferta de minicruzeiros também cresceu. "Os minicruzeiros servem para abrir mercado. E com os preços acessíveis a classe C tem a oportunidade de conhecer um cruzeiro", afirma Adrian Ursilli, diretor-comercial da MSC Cruzeiros, que está trazendo pela primeira vez o MSC Orchestra. Em tons de vinho, o transatlântico fará viagens pela costa brasileira e um roteiro rumo ao rio da Prata.
Além disso, as condições de parcelamento estão cada vez melhores. Há algum tempo, certas companhias parcelavam em apenas cinco vezes. Hoje, parcelam em dez e até em 12 vezes. "Fizemos isso também para que mais pessoas possam comprar o nosso cruzeiro", afirma Renê Hermann, diretor-presidente da Costa Cruzeiros e da Ibero. A Costa está trazendo o maior navio da temporada, o Costa Concordia, com capacidade para 3.780 passageiros.
Barato?
De acordo com a Abremar (Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas), um dia em um cruzeiro custa US$ 150 por pessoa. Em seu site (www.abremar.com.br), a entidade afirma que viajar em um transatlântico "é barato" e que custa "quase o mesmo que um bom hotel". Mas -ponto para os cruzeiros!- coloque na conta que em um navio você tem transporte para conhecer diferentes destinos e refeições, além, é claro, da hospedagem.
Com 422 cruzeiros nesta temporada, o Brasil é o sexto maior destino de cruzeiros marítimos do mundo, de acordo com Ricardo Amaral, presidente da Abremar e diretor-geral da Royal Caribbean. Perde para a América do Norte, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha. De acordo com Ricardo Amaral, o Brasil pode receber muito mais passageiros, mas falta infraestrutura.
Temáticos
O crescimento do mercado cruzeirista vem quebrando alguns tabus, como o de que cruzeiros são passeios para pessoas mais velhas ou muito ricas. E a criação dos cruzeiros temáticos, há 15 anos, ajudou a difundir as viagens turísticas de navio. Em 1994 navegava no Brasil o primeiro cruzeiro específico, promovido pela Costa. Chamado de "Cruzeiro Fitness", está agora em sua 16ª edição. "O conceito foi atrair um público novo", afirma Francisco Ancona, consultor de marketing da Costa e da Ibero.
Mas o turista deve saber escolher. Ou alguém que só gosta de rock gostaria de viajar no "Cruzeiro É o Amor", que traz a bordo a dupla Zezé di Camargo & Luciano? Outro ponto a ser considerado é o tamanho do navio. Se você não gosta de aglomerações, fuja dos navios maiores, que, mais novos, comportam mais de 1.500 passageiros. Há ainda os meganavios; com capacidade para mais de 3.500 pessoas, parecem uma cidade em alto-mar.
Fluvial
Além dos cruzeiros marítimos, há um navio que navega pelos rios Negro e Solimões, na região Norte do país. O Iberostar Grand Amazon (www.iberostar.com.br) tem saídas regulares durante o ano inteiro. Às quintas, o navio sai para viagem de três noites pelo rio Solimões; aos domingos, parte do porto de Manaus para o rio Negro, em um roteiro de quatro noites que inclui passeios em lanchas para avistar jacarés, trilhas e visita a uma comunidade indígena.
Silvio Cioffi e Luisa Alcântara e Silva
Folha de São Paulo
Mas atenção: quanto antes os pacotes forem fechados, mais baratos eles saem. Assim, a crise parece ter afetado de maneira positiva o mercado cruzeirista, que continua crescendo no Brasil. Neste ano, virão para cá, a partir outubro, 18 navios -dois a mais que no ano passado. E a previsão é que 900 mil pessoas embarquem nessas viagens, contra 520 mil em 2008. Ou seja, um crescimento de 73%.
Mas não são só o dólar baixo e as promoções que estão inflando o mercado cruzeirista. A duração da temporada também aumentou -começa mais cedo e vai até maio- e a oferta de minicruzeiros também cresceu. "Os minicruzeiros servem para abrir mercado. E com os preços acessíveis a classe C tem a oportunidade de conhecer um cruzeiro", afirma Adrian Ursilli, diretor-comercial da MSC Cruzeiros, que está trazendo pela primeira vez o MSC Orchestra. Em tons de vinho, o transatlântico fará viagens pela costa brasileira e um roteiro rumo ao rio da Prata.
Além disso, as condições de parcelamento estão cada vez melhores. Há algum tempo, certas companhias parcelavam em apenas cinco vezes. Hoje, parcelam em dez e até em 12 vezes. "Fizemos isso também para que mais pessoas possam comprar o nosso cruzeiro", afirma Renê Hermann, diretor-presidente da Costa Cruzeiros e da Ibero. A Costa está trazendo o maior navio da temporada, o Costa Concordia, com capacidade para 3.780 passageiros.
Barato?
De acordo com a Abremar (Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas), um dia em um cruzeiro custa US$ 150 por pessoa. Em seu site (www.abremar.com.br), a entidade afirma que viajar em um transatlântico "é barato" e que custa "quase o mesmo que um bom hotel". Mas -ponto para os cruzeiros!- coloque na conta que em um navio você tem transporte para conhecer diferentes destinos e refeições, além, é claro, da hospedagem.
Com 422 cruzeiros nesta temporada, o Brasil é o sexto maior destino de cruzeiros marítimos do mundo, de acordo com Ricardo Amaral, presidente da Abremar e diretor-geral da Royal Caribbean. Perde para a América do Norte, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha. De acordo com Ricardo Amaral, o Brasil pode receber muito mais passageiros, mas falta infraestrutura.
Temáticos
O crescimento do mercado cruzeirista vem quebrando alguns tabus, como o de que cruzeiros são passeios para pessoas mais velhas ou muito ricas. E a criação dos cruzeiros temáticos, há 15 anos, ajudou a difundir as viagens turísticas de navio. Em 1994 navegava no Brasil o primeiro cruzeiro específico, promovido pela Costa. Chamado de "Cruzeiro Fitness", está agora em sua 16ª edição. "O conceito foi atrair um público novo", afirma Francisco Ancona, consultor de marketing da Costa e da Ibero.
Mas o turista deve saber escolher. Ou alguém que só gosta de rock gostaria de viajar no "Cruzeiro É o Amor", que traz a bordo a dupla Zezé di Camargo & Luciano? Outro ponto a ser considerado é o tamanho do navio. Se você não gosta de aglomerações, fuja dos navios maiores, que, mais novos, comportam mais de 1.500 passageiros. Há ainda os meganavios; com capacidade para mais de 3.500 pessoas, parecem uma cidade em alto-mar.
Fluvial
Além dos cruzeiros marítimos, há um navio que navega pelos rios Negro e Solimões, na região Norte do país. O Iberostar Grand Amazon (www.iberostar.com.br) tem saídas regulares durante o ano inteiro. Às quintas, o navio sai para viagem de três noites pelo rio Solimões; aos domingos, parte do porto de Manaus para o rio Negro, em um roteiro de quatro noites que inclui passeios em lanchas para avistar jacarés, trilhas e visita a uma comunidade indígena.
Silvio Cioffi e Luisa Alcântara e Silva
Folha de São Paulo
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