Rússia se diz disposta a reduzir emissões em até 25%

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Com vistas à conferência de Copenhague, que começa no dia 7 de dezembro, a Rússia elevou nesta quarta-feira (18) sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa para entre 20% e 25% até 2020 em relação a 1990, anunciou a Comissão Europeia.

O objetivo anterior da Rússia era uma redução de 15%.

"Realizamos [...] pouco mais de duas semanas antes da conferência de Copenhague, importantes progressos, e quero saudar aqui a intenção do presidente (russo Dimitri) Medvedev de sugerir uma meta de redução das emissões de entre 20% e 25%", declarou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Barroso fez esta declaração à imprensa em Estocolmo depois de uma reunião entre os representantes da União Europeia (UE) e o presidente russo.

Uma fonte da delegação russa citada pela agência russa Interfax confirmou que Medvedev formulou esta proposta durante a reunião.

Eficiência energética

O presidente pretende cumprir este objetivo aumentando em 40% a "eficiência energética" das fábricas na Rússia, destacou a fonte.

Ao elevar seu objetivo, a Rússia se alinhou às metas da UE, que prometeu reduzir em pelo menos 20% suas emissões de gases de efeito estufa até 2020. A UE se disse inclusive disposta a elevar esta meta para 30%, desde que haja um acordo internacional sobre a questão.

Assim, Moscou aumentou a pressão sobre países como os Estados Unidos, a China ou a Índia, que relutam em definir metas de cumprimento obrigatório.

"Temos agora o objetivo comum de convencer nossos colegas de todo o mundo a adotarem uma postura mais séria sobre esta questão. Tudo isso deveria ser feito antes da conferência de Copenhague, a qual espero que seja um sucesso, mesmo que não haja acordo de cumprimento obrigatório", disse Medvedev.

"O sucesso em Copenhague é imprescindível. Tanto a União Europeia como a Rússia têm a responsabilidade de dar o exemplo sobre o tema do aquecimento global", afirmou por sua vez o presidente da Comissão Europeia.

"Podemos negociar números, mas não podemos negociar com a física. A ciência deve guiar nossos passos", sentenciou.

Folha de São Paulo
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