Aquecimento custará 7% do PIB à Indonésia em 2100, diz Banco Mundial

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As colheitas ruins, a proliferação de doenças e os desastres naturais por causa da mudança climática custarão à Indonésia até 7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2100, afirmou nesta quinta-feira (19) o Banco Mundial.

O novo relatório da instituição multilateral, intitulado Análise Ambiental de Países, referente à Indonésia, destaca "os desafios do país para alcançar a sustentabilidade" e pede para o governo atuar política e financeiramente, segundo o comunicado divulgado.

"A degradação ambiental tem um alto custo para a Indonésia", disse Joachim von Amsberg, diretor do Banco Mundial no país, e ressaltou a necessidade de "adequar as capacidades e incentivos" da administração e implementar medidas de mitigação.

O BM afirmou que a Indonésia é "um dos países asiáticos mais vulneráveis aos perigos derivados da mudança climática", como secas, inundações, elevação do nível dos mares e deslizamentos de terra.

As comunidades rurais, as que vivem da pesca e da agricultura, são o grupo potencialmente mais atingido pelo aquecimento global, segundo os especialistas da agência multilateral.

"O lucro anual de evitar os danos derivados da mudança climática superará os custos (para combatê-los) provavelmente em 2050, se não forem tomadas medidas", segundo a entidade.

Outros temas que o documento aborda são o custo ambiental do desmatamento, que gera grandes emissões de CO2 e uma grande perda de biodiversidade, uma economia baseada na exploração dos recursos naturais e o deficiente sistema de saneamento do país, que representam mais de 2% do PIB.

Além disso, a poluição tem impacto direto na saúde, o que representa uma despesa equivalente a 1,3% do PIB, segundo o relatório.

Folha de São Paulo
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