Christina Ora: a voz dos jovens em Copenhague



No mesmo ano em que Christina Ora nascia, nas Ilhas Salomão, no oceano Pacífico, tinha início, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como Rio 92.

Talvez a família de Christina nem imaginasse que 17 anos depois, ela estaria em Copenhague, como uma jovem ativista pelo tema das mudanças climáticas e mais: representando toda a Delegação Jovem Internacional.

Eles também não poderiam prever que, quase duas décadas depois, haveria ali um Tsunami. Mas foi justamente o fenômeno extremo, que arrasou sua comunidade, que fez com que a garota buscasse mais informações sobre aquecimento global para fazer algo pelo seu povo.

Um dia, depois da missa, Christina estava na praia e conheceu uma voluntária australiana que estava nas Ilhas Salomão para ajudar os habitantes do local a entender melhor o problema das mudanças climáticas. Ali, a jovem teve a certeza de que queria se envolver com o tema e garantir que sua comunidade pouco desenvolvida economicamente tivesse voz.

Sua determinação a fez ganhar um concurso internacional e ela foi escolhida para falar, em nome dos jovens de todo o mundo, na Plenária de abertura oficial da COP15, na semana passada. Ela teve a oportunidade de pedir às delegações de 192 países que pensassem nas pequenas ilhas do Pacífico e nas gerações que estarão vivas em 2050 - como ela - e poderão enfrentar conseqüências muito mais sérias relacionadas ao aquecimento global, se nada for feito.

O que faz com que ela seja tão engajada não são os fatos científicos, mas as histórias pessoais que ouve. Histórias que Christina tenta levar consigo para contá-las ao mundo. Quando perguntei a ela se achava que os jovens realmente poderiam fazer alguma coisa para que fosse assinado um acordo justo em Copenhague, para o combate às mudanças climáticas, ela se mostrou muito confiante.

Planeta Sustentavel
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