Empresários tentam convencer Congresso dos EUA para luta climática

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Um grupo de donos de grandes empresas tentou nesta quinta-feira (3) convencer o Congresso dos Estados Unidos de que a luta contra o aquecimento global é mais benéfica do que uma ameaça para a economia.

A quatro dias do início da reunião sobre o clima em Copenhague, os empresários defenderam os projetos apresentados ao Congresso para reduzir a emissão de gases do efeito estufa nos Estados Unidos, onde muitos políticos temem que os mesmos afetem o crescimento econômico do país.

Preston Chiaro, do grupo de mineração angloaustraliano Rio Tinto, explicou que a empresa está no processo de criar 1.500 empregos na Califórnia em uma usina de captação de CO2, que empregará 100 trabalhadores permanentes quando estiver em funcionamento.

"Pensamos que a falta de visibilidade que cerca os projetos de lei sobre mudanças climáticas prejudica este tipo de investimento", disse.

David Cote, presidente do grupo americano Honeywell (aeronáutica, equipamentos automáticos), destacou que a China "desenvolve ativamente produtos que consomem pouca energia".

"Estamos muito atrasados na criação de empregos neste campo", lamentou.

Muitos congressistas americanos são de regiões produtoras de carvão, fonte de energia muito poluente, responsável por 50% da energia elétrica nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama apresentará em Copenhague a promessa de reduzir em 17% as emissões de CO2 dos Estados Unidos até 2020 em comparação com os níveis de 2005. O Congresso deve se pronunciar sobre a meta no início de 2010.

Folha de São Paulo
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