Com o aumento da população e do poder de consumo, cada vez mais o volume de lixo produzido aumenta e se torna um problema para todas as grandes cidades. Falta espaço para armazenar, falta política de descarte de certos produtos, falta educação na população que joga embalagens vazias nas ruas, e muitas outras coisas. Mas o que se sabe há não muito tempo é que ele é capaz de gerar energia.

De acordo com a edição de 25 de fevereiro de 2010 do programa Cidades e Soluções da GloboNews, http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1504956-17665-304,00.html), uma cidade que tem em média de 500 a 600 mil habitantes já pode ter seu próprio aterro onde pode se fazer a extração do chamado biogás, um produto de decomposição anaeróbia da matéria orgânica, que se dá através da ação de determinadas espécies de bactérias.

Composto principalmente por metano e gás carbônico, o biogás é obtido por processos industriais e em algumas cidades o gás metano é retirado a partir do lixo. No Brasil, a primeira refinaria a usar o biogás do lixo foi a Refinaria de Duque de Caxias (REDUC), no Rio de Janeiro.

Já São Paulo foi a primeira cidade a transformar lixo em energia. De toda a energia consumida na cidade, 7% vem do gás dessa fonte. Ainda é pouco, mas no Brasil há 26 projetos de exploração do gás metano do lixo, porém somente sete deverão produzir energia do biogás.

Para 2012, a região metropolitana do Rio de Janeiro pretende iniciar o projeto de uma obra pioneira: uma termoelétrica que deverá produzir 200megawatts por tonelada de lixo por dia, suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil habitantes.

Um desafio não só tecnológico como cultural, o cuidado no destino do lixo é municipal, porém deve-se levar em conta que as conseqüências da má destinação dos restos da nossa civilização tem alcance global.