Nicolas Sarkozy, presidente da França, chega ao Brasil no feriado de Independência

Ecoturismo & Sustentabilidade

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegará ao Brasil no dia 7 de setembro, quando é comemorada a Independência do País. De acordo com Sarkosy, França e Brasil pretendem reforçar sua "parceria estratégica". Na ocasião de sua visita, serão fechados acordos na área de cooperação militar, como decidiram Lula e Sarkozy em seu último encontro, realizado em Paris, em julho. "Dia 7 de setembro, nós anunciaremos novas decisões operacionais de colaboração econômica, de transferência de tecnologia, de projetos industriais”, enfatizou o presidente francês.

Vale ressaltar que esta visita seria uma retribuição a ida do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, como convidado de honra de Paris no 14 de Julho. Data em que é comemorada a queda da Bastilha.  Na ocasião, Lula selou a compra de 12 Mirage 2000 usados -após o cancelamento do programa F-X da FAB. A presença de Sarkozy coincidirá com a decisão final sobre o F-X2, concorrência de US$ 2 bilhões para a compra de 36 aviões de combate. A Dassault francesa é finalista, com o Rafale.

Ano França Brasil
O Grupo Editorial Ecoturismo continua realizando programas de TV e rádio voltados com exclusividade para a significativa visita do presidente Nicolai Sarkozy da França, que chega a Brasília para celebrar inúmeros acordos com o governo Brasileiro na área da defesa, técnica e cientifica. Em função da importância estratégica do Amapá na única fronteira brasileira com a Europa (Guiana Francesa), o Grupo Ecoturismo, numa largada de grande arrojo, articula com as lideranças do Itamaraty, do Governo Brasileiro e do Governo Francês, uma mensagem especialmente dirigida ao povo do estado mais preservado do país, marcando definitivamente o Ano França Brasil e um prenúncio da grande visita que o dirigente francês deverá fazer ao Amapá no início do próximo ano, quando deverá vistoriar a Ponte Transfronteiriça ligando o Amapá e a Guiana, sepultando dezenas de anos de conflitos, começados com a grave Questão Amapá que tantos dissabores trouxe a ambos os países, e, colocando o Presidente Lula como um ás e líder da diplomacia mundial, dando ao presidente francês a oportunidade de repor antigos laços e fazendo desta amizade França-Brasil grandes laços de relacionamentos.

Envolvidos nestas questões estão o presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, deputado Jorge Amanajás, ao lado do deputado PJ e do Governador Valdez Góes, um dos entusiastas nestas questões, já que o governo amapaense acaba de inaugurar o Centro de Cultura Franco Brasileiro, neste mês de agosto. No ano em que se aproximam as celebrações da COP-15 em Copenhagen, os estados amazônicos, preocupados com a  sustentabilidade e o turismo sustentável, como o Amapá e seu festejado Parque Nacional do Tumucumaque, caminham a passos largos para mostrar ao mundo os compromissos para deter os graves índices de desmatamento e a preocupação real e concreta contra o Aquecimento Global.

Questão Amapá
Uma questão que dura dois séculos pode estar sendo resolvida agora historicamente entre a França e o Brasil na questão transfronteiriça Amapá e Guiana. Juntamente com Lula, o Presidente Sarkozy deverá enviar alguma mensagem para o povo do Amapá a respeito da construção da ponte que está sendo edificada, que  é mais do que uma ponte física, mas uma ponte espiritual e cultural que une os dois povos, brasileiros e franceses, construindo um novo tempo.

O Grupo Ecoturismo, aliado a outros grupos de comunicação amapaense, juntamente com setores do governo e legislativo amapaense, se organiza para fazer desta data comemorativa da Independência do Brasil e do Ano França Brasil, uma grande festa para o povo do Amapá que aguarda há décadas novos tempos construindo as “pontes entre os povos”.

Acordo de cooperação
No mês de agosto, o governador do Amapá, Waldez Góes, e o prefeito da Guiana Francesa, Daniel Ferey, assinaram o termo de cooperação técnica na área de Defesa Civil e Proteção e Combate a Incêndio na região de fronteira. O documento foi assinado no encerramento da Quinta Reunião de Cooperação Mista Transfronteiriça, realizada em Macapá, que reuniu líderes dos dois países para mais uma rodada de negociações relacionada a temas ligados ao desenvolvimento da região de fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa.

“Nós estamos vendo crescer cada vez mais essa relação seja na área social, econômica e cultural, fruto da boa relação que o Brasil e a França vêm desenvolvendo ao longo desses anos”, disse Waldez, ressaltando que o laço de amizade pode ficar ainda maior quando for inaugurada a ponte binacional, que vai ligar o Amapá a Guiana Francesa, e respectivamente o Brasil a França. “Isso é um trabalho que vai beneficiar todos os brasileiros que vivem na guiana francesa e seus familiares que vivem no Amapá”.

O acordo foi apenas mais um, entre tantos outros que estavam em pauta para que os dois governos dessem andamento na implementação de projetos de interesses dos dois países, em diferentes áreas como migração, transporte, meio ambiente, saúde, educação, banda larga e ampliação de linhas áreas para o Amapá.  O próximo encontro entre os dois países está marcado para setembro, quando os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozi se encontram para as comemorações do ano da França no Brasil. Durante o evento, os presidentes devem voltar a tratar dos assuntos discutidos no Amapá, através do documento que será elaborado pela diretora do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, que comandou os trabalhos.

O encontro foi considerado positivo pelo lado francês. “Somos o único país da Europa a fazer fronteira com a América Latina e esse bom relacionamento entre os dois países serve de exemplo para os demais que é possível fazer políticas reunindo interesses dos dois lados pensando no benefício de toda a população”, disse a diretora das Américas e do Caribe do Ministério dos Assuntos Estrangeiros e Europeus da França, embaixadora Elisabeth Beton Delegue.

A reunião
Durante dois dias, representantes dos governos brasileiro e francês voltaram a debater sobre os assuntos ligados ao desenvolvimento da região de fronteira entre o Amapá e a Guiana. Um dos pontos alto das discussões foi a questão da exploração ilegal de minérios em terras francesas, que tem gerado conflitos entre garimpeiros e a polícia francesa.

“No ano passado, durante a visita do presidente Nicolas Sarkozi ao Brasil, foi assinado um acordo para o combate e a extração ilegal de ouro na região de fronteira. O acordo está em tramitação no congresso nacional e é do nosso interesse combater esse tipo de atividade e conseqüentemente evitar a poluição de rios”, disse a embaixadora.

Por outro lado, a embaixadora solicitou a criação de um grupo de trabalho para cuidar dos brasileiros em situação irregular na Guina Francesa. Por conta disso, pede o empenho do lado francês para a possibilidade de instalar uma representação do consulado brasileiro em Saint-George. “Esperamos assinar esse acordo em setembro e isso nos permitirá uma troca de idéia de como encaminhar as diferentes questões e os diferentes problemas que decorrem da presença de brasileiros em situação irregular na Guiana”.  Por conta da construção da ponte binacional, o governo do Amapá chamou a atenção para a possibilidade do Estado em voltar a contar com outras linhas áreas, principalmente, ligando a capital a Caiena.

“Existe uma proposta do presidente Lula para ser apresentada durante o Fórum de Governadores, que acontece em setembro em Macapá, que diz respeito aos estados amazônicos. Nós vamos pedir que nessa proposta contemple na relação a região da Guiana Francesa/Amapá, uma vez que vamos está buscando caminhos para ter transporte com mais segurança, com mais competitividade, com preços mais baratos e com mais freqüência na região, é importante que crie essa conexão desta articulação para solucionar o problema internamente do Brasil a partir da região amazônica”, disse Waldez.

Ponte Binacional
Obra rodoviária vai ligar o Amapá à Guiana Francesa
Na visita ao canteiro de obras, durante o mês de agosto, o secretário especial de Governadoria, Coordenação Política Institucional, Alberto Góes, constatou que os serviços para a construção da ponte binacional que vai ligar o Amapá a Guiana Francesa, foram retomados. O retorno das atividades é com base em dois acordos assinados entre o governo, o Ibama, o Iphan, o DNIT, e a empresa responsável pela obra. Os termos permitem ao consórcio dar prosseguimento ao cronograma de trabalho até que as pendências sejam solucionadas. A obra ficou paralisada por dois dias por conta de um achado arqueológico, próximo a área onde deve ficar a cabeceira da ponte.

Para adiantar os serviços, o Estado intermediou junto aos setores envolvidos para a continuação da obra. Por conta disso, um técnico do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado Amapá (Imap) já esteve em Oiapoque para fazer a vistoria técnica na região. O estudo vai permitir a elaboração de um laudo. A análise é necessária para que seja feita a emissão da licença para a exploração das jazidas. O documento vai permitir a empresa a retirar matéria-prima da área como a areia.

Outro trabalho foi quanto aos estudos para a emissão do licenciamento para as instalações provisórias, já que a empresa necessita do suporte logístico para o andamento da obra como o alojamento dos operários e isso vai produzir matéria orgânica e é preciso ter um lugar adequado para acondicionar todo esse material, para que não ocorra risco de contaminar o meio ambiente.

Realidade
A ponte sobre o Rio Oiapoque começa a se tornar realidade com recursos garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. A obra, com 378 metros de extensão, liga o Brasil à cidade de Saint George, na Guiana, por meio da BR-156, e vai fomentar as relações comerciais brasileiras com a província francesa e, através desta, com a União Européia.

Avaliada em R$ 54,7 milhões, a construção da ponte internacional tem prazo previsto para a conclusão dos serviços de 16 meses, incluindo o tempo necessário para a elaboração do projeto executivo e das obras de construção propriamente ditas. O projeto será executado pelo consórcio Ponte Estaiada Egesa/ CMT. A construção da ponte atende aos interesses dos governos brasileiro e francês, que criaram uma comissão intergovernamental encarregada de definir e avaliar os principais pontos do projeto, como aspectos técnicos, ambientais e econômicos.

A expectativa é de que a ponte alavanque o desenvolvimento socioeconômico regional, aumentando o comércio dos   principais produtos do Amapá para a Guiana. Além de grande produtor mineral e do extrativismo relacionado à floresta, como madeira, castanha do pará, palmito e açaí, o estado produz mandioca, arroz, milho e feijão, entre outros. A ponte internacional também deverá atuar entre os blocos econômicos no panorama da globalização, como Mercosul e União Européia.

Revista Ecoturismo
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