Dependence Day

Ecoturismo & Sustentabilidade

Seria cômico, se não fosse lamentável, ver mais de 1 milhão de brasileiros comemorando o 7 de Setembro em plena Nova Iorque. Este ano foram mais de 1,5 milhão de pessoas, em sua maioria brasileiros na Avenida 6 (esquina das ruas 42 e 46). Em primeiro lugar, comemorar o quê? Que independência o Brasil tem? É uma hipocrisia falar em independência, afinal o País é totalmente dependente dos EUA e da Europa, tanto comercialmente, quanto politicamente. O Brasil trocou Portugal pelos Estados Unidos.

Mas o que soa mais cômico na história é comemorar o Dia da Independência justamente no país que mais explora e domina o Brasil. E ainda por cima, no centro do poder econômico deles, a cidade de Nova Iorque.

Que pessoas são essas, que na dificuldade fogem de sua terra e se auto-exílam? Claro, há trabalhadores que não tiveram escolha e foram para fora enviados pelas empresas onde trabalham, provavelmente por sua competência. Mas a imensa maioria fugiu do Brasil em busca de algo melhor.

Já pensou se, quando os americanos tiveram as primeiras dificuldades, ainda na conquista do Oeste, tivessem desistido e ido para a Europa? Com certeza, os EUA jamais seriam o que são hoje.

Se quem sai do Brasil se diz brasileiro, por que não lutou em prol do País? Para muitos, aqui a corrupção domina, o tráfico comanda e os policiais são corruptos. Para todas essas mazelas ocorrerem, porém, é preciso que os corruptos sejam eleitos, que se faça vistas grossas ao tráfico e que se corrompa os policiais.

E para concluir a besteira de se comemorar o Dia da Independência na casa dos nossos senhores, ainda é eleita a Musa do Brazilian Day. Se a imagem das mulheres brasileiras no exterior é a pior possível, só tende a piorar com atitudes assim.

Pode-se comemorar, no máximo, o Dependence Day. Afinal, os brasileiros nunca souberam o que é ser independente. Não satisfeitos com as festas em Nova Iorque, os organizadores do evento este ano realizaram esta mesma comemoração em outras capitais, como Toronto, Tóquio, Londres e Luanda (Angola). Qualquer dia, o presidente da República vai passar o 7 de Setembro no exterior.
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