Coluna do Ombudsman da Revista Ecoturismo & Sustentabilidade

                                                          
Nunca se incomode e se deixe levar com discursos do tipo “eu, sozinho não conseguirei nada”. São as ações individuais que influenciarão e resultarão numa ação individual conjunta. Estas ações não necessariamente precisam ser “exógenas”, ou seja, de você para alguém, mas podem ser “endógenas”, quer dizer, de você para você mesmo.

Muitos acham a causa verde simpática, é até moda! Você viu a seleção brasileira de futebol? Usará uniformes feitos a partir de garrafas PET recicladas na copa do mundo que acontecerá na África do Sul, em junho deste ano. Excelente iniciativa e que outras marcas despertem para a necessidade de desenvolver soluções sustentáveis. A causa verde vai muito mais além do modismo. 


Um clamor para a reflexão foi levantado pelo colunista Leonardo Picarelli, na 6ª edição da Revista Ecoturismo e Sustentabilidade, edição tema dos nossos comentários. O que está realmente em jogo? Os ursos polares que estão perdendo seu habitat pelo aquecimento global ou a mortalidade das crianças nas regiões áridas do planeta, conseqüente do mesmo fenômeno, como o autor escreveu na revista? A morte cruel diante das câmeras de uma treinadora pela sua terrível assassina e treinada baleia orca – que nem é baleia - ou a manutenção em cativeiro pelo homem de um animal selvagem, sujeito a comportamento irracional? Os valores precisam ser devidos a quem é devido.

O Colunista Laércio Guidio, ao fazer uma parada no tempo, coincidentemente ou não narrando a cronologia catastrófica iniciada na 5ª edição desta Revista (Janeiro/2010) no artigo 2009, O Ano Antes do Caos, não imaginaria que o próximo Haiti seria o Chile e em gravidade sísmica bem maior. Quem virá depois nesta nossa odisséia terrestre?

Na matéria escrita sobre a abertura das comportas da represa Billings e com isso, seu potencial risco de poluição das praias e mananciais de água potável em cidades da baixada, estado de São Paulo, permitam-me fazer uma pequena errata. Onde está escrito empresa na primeira linha da matéria, leia-se represa.

A matéria escrita sobre a oferta de empregos ligados a empreendimentos verdes me fez pensar o quanto é pequeno o número de empregos que estão ligados a atividades econômicas que promovem conservação do meio ambiente (6,73% em 2008). E nisto, realmente os governos tem grande responsabilidade. O autor citou que os programas governamentais como o Minha Casa, Minha Vida, se estimulassem a utilização de tecnologias limpas aplicadas a construção destas casas, a demanda destes empregos ditos verdes, seria bem maior. Só para dar um minúsculo exemplo, no contexto do programa Minha Casa, Minha Vida, diariamente, no trajeto da minha casa ao meu trabalho, observo a construção em ritmo acelerado de cerca de 600 casas, com a perspectiva de este número crescer para 900. Imagine quantos canteiros de obra neste ano eleitoral existem no Brasil afora e multiplique isso pelo potencial de demanda de tecnologias verdes que poderiam ser aplicadas, resultando como produto a geração de mais empregos verdes.

Na matéria Wanderley, O filho do Brasil, o autor “Eco” relata sobre um personagem que com certeza é mais comum do que se pensa e aos 12 anos foi expulso de sua casa e dormiu várias noite no cemitério. Assim como o Brasil gera de seu ventre os “Lulas”, existem os “Wanderleys”, “Josés”, “Joãos”, anônimos, mas que são a alma do brasileiro.

As matérias da Família Muller são muito convidativas a viagem pelos locais descritos com riquesa de detalhes! Mas a revista cometeu um erro, logo percebida pela matriarca da Família, a “Lú” Muller. A foto do Pico Agudo está colocada na matéria de Bombinhas, no entanto, o Pico Agudo é em Santo Antonio do Pinhal.

E o EcoHipócrita voltou e com uma abordagem muito feliz sobre o estilo de vida “verde” que querem impor ou até mesmo que queremos adotar. Não é o bastante estimular o rodízio de carros, a utilização de bicicletas, o incentivo a compra de motos, criando um verdadeiro caos no transito e constantes acidentes com o aumento do número de mototaxistas, se o sistema de trânsporte público e a engenharia de transito das cidades são incompetentes. “Então vamos comprar carros (aqueles que podem) porque não somos obrigados a sofrer em nome de uma causa verde”. Então, já que vamos comprar carros, vamos comprar carros nacionais, que são mais baratos...Ok!! mas os carros nacionais são os que poluem mais! E agora José? Para onde? – Mesmo assim vale a pena ser sustentável, mas de onde virá o nosso socorro?
Mudando de assunto, eu, lendo a revista pensei e pergunto a vocês: Quem acha que a revista Ecoturismo e Sustentabilidade deveria abrir um espaço para expediente, com o contato da revista e dos seus colunistas levanta a mão!! Acredito que muitos de vocês gostariam de manter contato com os cabeças que escrevem neste periódico e não sabe como.

Por falar em contato...Que o meu Twitter (@hawston) está aberto como quem recebe visita em casa, para receber as críticas, elogios, bem como comentários sobre o que é publicado na Revista Ecoturismo e Sustentabilidade, já não é novidade para ninguém. Mas apresento-lhes mais um canal de comunicação para que eu possa representá-los, amigos leitores, de uma forma cada vez melhor dentro do espaço desta revista. Confesso a vocês que nunca achei que teria a necessidade de ter um formspring.me. Recentemente, precisei lançar mão do cadastro no serviço, para postar uma pergunta para um dos Blogs que eu sigo. Veio com isso a idéia de também utilizá-lo com vocês leitores, até para que ele não se torne obsoleto. Então, façam uso dele para conversarmos sobre a revista. Aqui vai o endereço: www.formspring.me/hawston. Ah! um pedido: mesmo que você não tenha cadastro no serviço e não queira fazê-lo, ao postarem a pergunta, mesmo na opção “anônimo”, não esqueçam de assinar dentro do corpo da mensagem. A identificação da mensagem é muito importante para nós! Para quem não leu a 6ª edição (fevereiro/2010), confira neste link: http://307.to/gKA

Hawston Pedrosa
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